O passado não é algo imutável, se transforma a cada recontagem da história. Em tempos de exposição excessiva, a memória se reduz a frames desse nosso coração de bolso. Os objetos agora, tem uma função irrelevante nessa memória, uma tal desimportância pelas coisas, a banalização do ter como apreensão de um instante. Se até então nossa história era contada a partir de retalhos e souveniers, neste novo milênio os registros frenéticos tomam esse lugar da afetividade dos objetos. Me proponho a um fio que me conduza as minhas experiências/vivências. Ao que meus olhos puderam apreender e como os transformar.
O bordado é uma referência materna, e a partir dessas linhas religo essa árvore genealógica que me foi amputada, eles que eram tímidos em trabalhos anteriores, hoje são protagonistas no meu ofício. As linhas são o elo entre o presente e a infância, e repensar o passado nestas imagens recontrói a minha história.
Bordado da casa 1/3
No caso esse bordado sobre lenço, é uma referência a tios e avôs.
Os meus ou os seus.
http://acepipesdelourenco.blogspot.com.br/2016/06/memorias-bordado-sobre-lenco.html
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